quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mantega alerta que crise financeira ainda não acabou



Economias avançadas terão 'PIB fraco' por dois ou três anos, diz.Mantega já vê recuperação no Brasil desde o final de março.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira (28) que já podem ser observados "sinais de melhoria" nas últimas semanas, mas alertou que a crise financeira internacional ainda não acabou.

"É uma crise de grandes proporções, mundial. Talvez, apenas, tenha passado o pior momento dela e já estejamos retornando para níveis de normalidade maior em relação aos últimos meses", disse durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Na visão de Mantega, um dos fatores que está contribuindo para melhorar a crise é a consolidação do governo de Barack Obama nos Estados Unidos, além do aumento da confiança dos mercados nas ações já adotadas pelos governos.


"Mas isso não significa que os problemas centrais da crise financeira tenham sido resolvidos. Por exemplo, os ativos tóxicos ainda não foram digeridos. Os bancos ainda não estão liberando volume de crédito suficiente para mover as economias e o crédito continua caro", afirmou.
Recessão nas economias avançadas
O ministro da Fazenda disse ainda que "nada impedirá" que o ano de 2009 seja de recessão para as principais economias do mundo. "Haverá recessão forte em vários países, principalmente nos avançados. Será mais forte nos primeiros trimestres, e no fim de 2009, já notaremos uma mudança e algumas economias já estarão com o PIB positivo. O PIB médio das economias avançadas será de menos 4% em 2009", disse ele, acrescentando que o PIB dos países desenvolvidos deverá ser "fraco" por dois ou três anos.(...)
Matèria na íntegra: Globo.com

Plano Marshall

Plano Marshall
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Mapa da Europa mostrando os países que receberam ajuda do Plano Marshall. As colunas vermelhas mostram a quantidade total relativa de ajuda por país.
O Plano Marshall, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall.
O plano de reconstrução foi desenvolvido em um encontro dos Estados europeus participantes em julho de 1947. A União Soviética e os países da Europa Oriental foram convidados, mas Josef Stalin viu o plano como uma ameaça e não permitiu a participação de nenhum país sob o controle soviético. O plano permaneceu em operação por quatro anos fiscais a partir de julho de 1947. Durante esse período, algo em torno de US$ 13 bilhões de assistência técnica e econômica — equivalente a cerca de US$ 130 bilhões em 2006, ajustado pela inflação — foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus que juntaram-se à Organização Européia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Quando o plano foi completado, a economia de cada país participante, com a exceção da Alemanha, tinha crescido consideravelmente acima dos níveis pré-guerra. Pelas próximas duas décadas a Europa Ocidental iria gozar de prosperidade e crescimento. O Plano Marshall também é visto como um dos primeiros elementos da integração européia, já que anulou barreiras comerciais e criou instituições para coordenar a economia em nível continental. Uma conseqüência intencionada foi a adoção sistemática de técnicas administrativas norte-americanas.
Recentemente os historiadores vêm questionando tanto os verdadeiros motivos e os efeitos gerais do Plano Marshall. Alguns historiadores acreditam que os benefícios do plano foram na verdade o resultado de políticas de laissez faire que permitiram a estabilização de mercados através do crescimento econômico. Além disso, alguns criticam o plano por estabelecer uma tendência dos EUA a ajudar economias estrangeiras em dificuldades, valendo-se do dinheiro dos impostos dos cidadãos norte-americanos.
Com a devastação provocada pela guerra, a Europa enfrentava cada vez mais manifestações de contestação aos governos constituídos. Os Estados Unidos analisaram a crise européia e, concluíram que ela punha em risco o futuro do capitalismo, o que poderia prejudicar sua própria economia, dando espaço para a expansão do comunismo.
Com isso, os norte-americanos optaram por ajudar na recuperação dos países europeus. Com esse objetivo criaram o Plano Marshall. No início os recursos foram utilizados para comprar alimentos, fertilizantes e rações. Logo depois, foram adquirindo matérias-primas, produtos semi-industrializados, combustíveis, veículos e máquinas. Aproximadamente, 70% desses bens eram de procedência norte-americana. Além de se beneficiar com o plano Marshall, a França elaborou seu próprio plano de recuperação econômica, o Plano Monnet.
A Inglaterra também se recuperou, porém perdeu a importância econômica e política. A Alemanha e a Itália também entraram em ritmo de recuperação. Com a criação da OTAN, os Estados Unidos visavam garantir a exportação de excedentes e concretizar a hegemonia econômica sobre o velho continente.

terça-feira, 26 de maio de 2009

RISCO PAIS

O risco-país é um conceito econômico-financeiro que diz respeito à possibilidade de que mudanças no ambiente de negócios de um determinado país impactem negativamente o valor dos ativos de indivíduos ou empresas estrangeiras naquele país, bem como os lucros ou dividendos que esperam obter dos investimentos que lá fizeram. No Brasil, este conceito amplo é frequentemente confundido com o Emerging Markets Bond Index (Índice de Títulos de Mercados Emergentes) ou EMBI+), calculado pela JPMorgan

SUPERAVIT PRIMARIO

O Superávit primário é a economia feita para o pagamento de juros da dívida de um governo, após o pagamento de suas despesas, sem considerar os gastos com os juros da dívida. Como no orçamento doméstico, as contas públicas têm receitas e despesas. Quando a diferença entre esses dois itens é positiva – com sobra de caixa para o governo – os recursos são usados para o pagamento de juros e quitação de parte das dívidas. Essa tentativa de reduzir o endividamento é feita com base no superávit primário.
Impostos, tributos e lucros de estatais, por exemplo, compõem as receitas nas contas públicas. No outro lado, estão o pagamento de salários, manutenção de prédios públicos e investimentos em infra-estrutura. Essa conta nem sempre é positiva. A história do Brasil tem décadas de governantes que gastavam mais que poderia ser arrecadado. Isso gerou seguidos déficits primários – o contrário do superávit primário –, cujo prejuízo nas contas teve de ser coberto com o endividamento do Estado.
Para conseguir pagar salários e fornecedores, o Brasil sempre pediu mais dinheiro emprestado. Tal dívida, como em qualquer empréstimo, tem juros. Para pagar esses juros e ainda tentar reduzir a dívida como um todo, o governo realiza o superávit primário. Apesar disso, a dívida do Brasil tem crescido em termos nominais porque – novamente, como nos bancos – há a incidência de juros sobre juros.

SELIC

Uma das siglas mais conhecidas para quem acompanha o noticiário financeiro e segue de perto a realidade econômica brasileira é a Selic. Afinal de contas, todos os meses o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, se reúne e decide se a taxa básica da economia brasileira vai subir, cair ou ser mantida estável.
O que pouca gente sabe, porém, é exatamente o que esta taxa significa, como ela afeta o dia-a-dia das pessoas e qual o seu efeito sobre as outras taxas de juros da economia.
Copom determina a meta da Selic
Embora quase todo mundo acredite que o Copom determina efetivamente a Selic, no fundo o colegiado está determinando a meta da Selic. Para entender a diferença, vale a pena analisar em detalhe o que é a Selic.
A taxa Selic é a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou overnight, que possuem lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou Selic.
Em outras palavras, esta taxa é usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro, visando reduzir o risco, e, conseqüentemente, a remuneração da transação.
Assim, como o risco final da transação acaba sendo efetivamente o do governo, pois seus títulos servem de lastro para a operação e o prazo é o mais curto possível, ou apenas um dia, esta taxa acaba servindo de referência para todas as demais taxas de juros da economia.
Esta taxa não é fixa e varia praticamente todos os dias, mas dentro de um intervalo muito pequeno, já que, na grande maioria das vezes, ela tende a se aproximar da meta da Selic, que é determinada mensalmente pelo Copom.Taxa serve de referência
Por ser de curtíssimo prazo e por refletir o risco do governo, a Selic acaba servindo de referência para todas as demais taxas da economia. Em situações normais a Selic é a taxa mais baixa, o que, porém, não ocorre sempre. De forma geral, quanto maior o prazo maior o risco e, portanto, maior a taxa.Esse não é o caso, porém, quando o governo está adotando uma política monetária restritiva, com o objetivo de conter a inflação. Neste caso a taxa pode ser maior do que as taxas de longo prazo, o que indica que o mercado acredita que a política econômica adotada irá reduzir a inflação, levando à queda dos juros de longo prazo.
Efeito no bolso de cada um
O efeito sobre o dia-a-dia das pessoas de mudanças na Selic pode ser direto ou indireto, dependendo do perfil financeiro de cada um. Um dos efeitos mais diretos é sobre quem investe em fundos DI, pois boa parte da carteira destes fundos é investida em papéis pós-fixados, ou seja, que seguem a rentabilidade da Selic. Assim, um corte na Selic irá necessariamente reduzir a rentabilidade destes investimentos.
Já o efeito sobre quem tomou dinheiro emprestado é indireto e geralmente mais lento. Uma redução da Selic, em geral, leva a uma queda nas taxas de captação dos bancos e demais instituições financeiras, que, assim, teriam, condições de cobrar menos pelos seus empréstimos.
Porém, outras variáveis estão envolvidas na determinação das taxas de empréstimos, tal como as taxas de inadimplência, a margem de lucro dos bancos, a carga de impostos sobre operações financeiras e outros, de forma que as alterações acabam sendo mais sentidas no médio e longo prazo.
O Selic - sistema especial de liquidação e custódia - é o depositário central dos títulos da dívida pública federal interna. o sistema também recebe os registros das negociações no mercado secundário e promove a respectiva liquidação, contando, ademais, com módulos por meio dos quais são efetuados os leilões de títulos pelo tesouro nacional ou pelo banco central. quanto às negociações, o sistema acata comandos de compras e vendas à vista ou a termo, definitivas ou compromissadas, adotando os procedimentos necessários às movimentações financeiras e de custódia envolvidas na liquidação dessas operações, realizadas uma a uma e em tempo real - ou seja, utilizando o modelo lbtr (liquidação bruta em tempo real). por intermédio do selic também é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto e de redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política monetária.a taxa selic mede o aumento dos negócios realizados entre instituições financeiras mas não, por exemplo, o aumento da cesta básica, dos bens de consumo, perda do poder aquisitivo da moeda etc. a taxa selic reflete outra realidade.

PADRÃO OURO

O padrão-ouro foi o sistema monetário cuja primeira fase vigorou desde o século XIX até a Primeira Guerra Mundial. A teoria pioneira do padrão-ouro, chamada de teoria quantitativa da moeda, foi elaborada por David Hume em 1752, sob o nome de “modelo de fluxo de moedas metálicas” e destacava as relações entre moeda e níveis de preço (base de fenômenos da inflação e deflação).
Cada banco era obrigado a converter as notas bancárias por ele emitida em ouro (ou prata), sempre que solicitado pelo cliente. A introdução de notas bancárias sem esse lastro, causou escândalos na França. Com o padrão-ouro, utilizado principalmente pela Inglaterra, o sistema conseguiu estabilidade e permaneceu até o término da I Guerra Mundial. No Brasil e outros paises periféricos, o sistema não foi adotado por se achar que a presença desses países e seus problemas de financiamento, desestabilizariam o sistema. Dessa forma, a circulação de papéis-moeda foi feita pelo chamado sistema de "curso forçado".
Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-ouro, principalmente devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por eles durante a guerra, as quais desequilibraram enormemente o comércio internacional.
Em uma segunda fase, o sistema consistia, basicamente, na adoção, por parte das instituições financeiras de cada país que aderisse ao arranjo, de um preço fixo de sua moeda em relação ao ouro, e da conversabilidade ouro ao dólar. Desse modo, as autoridades deveriam exigir dos bancos e demais instituições monetárias que negociassem seus passivos respeitando esse preço fixo em relação ao ouro, como forma de estabilizar a economia.
Em termos internacionais, o padrão-ouro significou a adoção de um regime cambial fixo por parte de praticamente todos os grandes países comerciais de sua época. Cada país se comprometeu em fixar o valor de sua moeda em relação a uma quantidade específica de ouro, e a realizar políticas monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal paridade definida.
Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantém grande parte de seus ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. As diferenças entre as reservas de ouro sob a propriedade de cada país refletia, portanto, as suas necessidades comerciais. Pois, nesse padrão, os fluxos de ouro financiavam os desequilíbrios nas balanças de pagamentos de cada país. Se um país fosse deficitário em sua balança de pagamentos, isto é, se a soma de bens e serviços importados do exterior fosse superior à soma de bens e serviços exportados ao mesmo, o país deveria corrigir o déficit exportando ouro. Os países superavitários, por sua vez, tornavam-se importadores de ouro.
As “regras do jogo” prevalecentes no sistema de padrão-ouro eram simples: a quantidade de reservas de ouro do país determinava, portanto, a sua oferta monetária. Se um país fosse superavitário em sua balança de pagamentos, deveria importar ouro dos países deficitários. Isso elevaria sua oferta interna de moeda, levando a uma expansão da base monetária, o que provocaria um aumento de preços que, no final das contas, tiraria competitividade de seus produtos nos mercados internacionais, freando assim, novos superávits. Já se o país fosse deficitário na balança comercial, exportaria ouro, sofreria contração monetária, seus preços internos baixariam e, no final das contas, aumentaria a competitividade de seus produtos no exterior.
Em resumo, o padrão-ouro visava uma situação de equilíbrio na economia internacional de modo que cada país mantivesse uma base monetária consistente com a paridade cambial, mantendo assim uma balança comercial equilibrada.
A segunda fase do padrão-ouro, que se baseava no acordo de Bretton Woods, terminou quando os EUA abandonaram o acordado no início dos anos 70, por causa das necessidades de financiamento crescentes causadas pela Guerra do Vietnã. Nesse período o padrão-ouro também não pode ser seguido pelo Brasil e outros países similares, que adotaram formas de cunho forçado e alternativas como crawling peg, etc.

PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA

Esse princípio determina que se deveria produzir a quantidade dada e não o que o sistema tivesse a capacidade de produzir. Assim, se não houver demanda não haverá produção e conseqüentemente a capacidade de produção se torna ociosa.
Esse percurso pode ser definido através de três elementos que são: o poder de compra, da demanda e a produção, onde esses três fatores cresceriam e diminuiriam seguindo a uma mesma direção.
O conceito utilizado de demanda efetiva, agregada ou global, está no fato de que Keynes foi precursor da macroeconomia, portanto, analisava os fatos de modo globalizado e não isoladamente como antes se fizera. Essa demanda efetiva não chegando a níveis próximos da oferta global, ou seja se a consumo se torna baixo, os investimentos insuficientes resultarão em um declínio de emprego, de produção e de renda. Se permanecerem em níveis proporcionais permanecerá estável.
Alguns economistas colocam que "a oferta cria a sua própria procura". Esse conceito, Keynes torna inválido uma vez que se isso fosse real, a procura e a oferta global seriam iguais para todas as quantidades de emprego, ou seja, mais emprego significará mais renda, porém é bom indicar que toda a produção é consumida em bens de consumo, portanto a renda aumenta em níveis proporcionais menores que a quantidade de produção.

Então, mais emprego significa mais renda que resulta em uma maior produção. Enfim, o emprego em função do preço da procura nos coloca que quanto maior for esse preço. Maior será também a quantidades de emprego. Colocando já em questão o volume de produção em função do rendimentos, percebemos que o rendimento se eleva, mas em níveis proporcionais menores que o consumo, onde o fato determinante é a propenção a consumir que coloca que o volume da procura está em função do aumento da renda, porém nem todo rendimento adquirido é utilizado para o consumo, pois existem ainda os que preferem os investimentos.
Enfim, Keynes acentua o termo teoria geral para contrastar com a teoria econômica clássica que se limita ao pleno emprego. Keynes procura mesmo é explicar o volume de emprego em um dado momento, coloca que o desemprego é nítido em qualquer economia, sendo inevitável, assim como ele vê a inflação, onde ambas dependem do volume da procura efetiva, onde observa-se que quando a procura é deficiente gera desemprego, quando é excessiva resulta na chamada inflação.

NEW DEAL

O New Deal (cuja tradução literal em português seria "novo acordo" ou "novo trato") foi o nome dado à série de programas implementados nos Estados Unidos entre 1933 e 1937, sob o governo do Presidente Franklin Delano Roosevelt, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, e assistir aos prejudicados pela Grande Depressão. O nome dessa série de programas foi inspirado no Square Deal, nome dado pelo anterior Presidente Theodore Roosevelt à sua política econômica.
Como resultado do New Deal foram criadas nos Estados Unidos dezenas de agências federais (equivalentes às autarquias, no direito administrativo brasileiro), as quais receberam o apelido irônico de alphabet agencies (agências alfabéticas), devido à profusão das siglas com que eram designadas: CCC (Civilian Conservation Corps), TVA (Tennessee Valley Authority), AAA (Agricultural Adjustment Administration), PWA (Public Works Administration), FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), SEC (Securities and Exchange Commission), CWA (Civil Works Administration), SSB (Social Security Board), WPA (Works Progress Administration), NLRB (National Labor Relations Board).
O New Deal teve grande influência na política econômica e social adotada no Brasil pelo Presidente Getúlio Vargas, que admirava Franklin D. Roosevelt
Os opositores do New Deal, os quais protestavam contra o crescimento dos gastos públicos e o deslocamento de atribuições dos Estados para a União norte-americana, conseguiram interromper a expansão em 1937 e abolir alguns dos programas a partir de 1943. Todavia, programas e agências importantes então criados subsistem até hoje, como a Social Security (Seguridade Social), a SEC - Securities and Exchange Comission (Comissão de Valores Mobiliários), a FDIC - Federal Deposit Insurance Corporation (que garante os depósitos bancários) e a TVA - Tennessee Valley Authority (Autoridade do Vale do Tennessee - espécie de SUDENE para o sul dos Estados Unidos).
Existe muita discussão se o New Deal realmente ajudou os EUA a sair da Grande Depressão. Deve ser notado que embora Roosevelt tenha criado o nome New Deal várias das medidas já haviam sido tomadas por Herbert Hoover e, segundo o anarco-capitalista Murray Rothbard, essas medidas foram uma das causas da Grande Depressão.
O New Deal
A política de intervenção estatal começou a ser adotada primeiro nos Estados Unidos, com o anúncio pelo presidente Franklin Roosevelt de uma série de medidas, que ficaram conhecidas como New Deal(novo acordo) e que passaram a ser concretizadas em 1933. Dentre elas:
controle sobre bancos e instituições financeiras;
construção de obras de infra-estrutura para a geração de empregos e aumento do mercado consumidor;
concessão de subsídios e crédito agrícola a pequenos produtores familiares;
criação de Previdência Social, que estipulou um salário mínimo, além de garantias a idosos, desempregados e inválidos;
controle da corrupção no governo;
incentivo á criação de sindicatos para aumentar o poder de negociação dos trabalhadores e facilitar a defesa dos novos direitos instiuídos.
No setor industrial, a principal medida foi a redução da jornada do trabalho. Percebendo que o fator básico que gerou a crise econômica havia sido a superprodução, Henry Ford estabeleceu a jornada de oito horas. Além disso, foi responsável por uma importantíssima inovação técnica -- a linha de montagem. Essa inovação permitiu a redução dos custos e, sobretudo, aumento da produtividade. Isto é, o rendimento do trabalho e dos demais agentes da produção. A aplicação das técnicas fordistas em várias indústrias de bens de consumo gerou uma queda de preços em todo o país, fator que é tido, juntamente com New Deal, como primordial para a recuperação da economia norte-americana.

EFEITO RIQUEZA

O desenvolvimento econômico gera incontáveis benefícios à vida das pessoas e de um país. A maior parte destes benefícios é de fácil percepção e acaba atingindo de forma quase que universal, ainda que em escalas diferentes, a população como um todo. Existem, entretanto, alguns benefícios mais sutis e que não se manifestam de imediato, demandando uma certa maturidade do processo de desenvolvimento para ser sensibilizado pelos indivíduos. Um dos mais interessantes e que começa a ganhar relevância no Brasil é o " Efeito Riqueza" ; descrito pelos economistas como um aumento na percepção de riqueza pelas pessoas em decorrência da valorização dos ativos por elas possuídos. Esse sentimento costuma levar a um aumento no consumo, que por sua vez acaba influenciando positivamente toda a equação de demanda agregada e por conseqüência o Produto Interno do país. A valorização do patrimônio dos investidores em ações em decorrência das altas verificadas nos últimos anos, tornando-os mais ricos em relação a sua situação original é um exemplo de fato gerador de " Efeito Riqueza" no Brasil. A ponderação de que o “Efeito Riqueza" costuma a ser melhor percebido em processos mais maduros de desenvolvimento é especialmente importante para o caso brasileiro, pois em economias com inflação mais elevada a percepção do ganho real implícito a valorização total dos ativos é menos clara. Em outras palavra, mesmo percebendo seu patrimônio aumentar, o investidor tem dificuldade em especificar se aquele crescimento se deve a uma valorização de fato ou a uma mera recomposição da inflação. Sem saber se está efetivamente enriquecendo, as pessoas não aumentam seu nível de consumo. O processo inflacionário inibe a percepção do " Efeito Riqueza" não apenas pela dificuldade em se diferenciar o ganho nominal e o real, mas porque tem associado a si prazos mais curtos das aplicações financeiras e taxas de juros mais elevadas. Como o " Efeito Ri-queza" decorre, em última instância, de aumento no valor presente dos investimentos e este por sua vez, depende do prazo de aplicação e da taxa de remuneração, é possível verificar que quanto maior o prazo da aplicação mais significativa será a variação no valor presente em decorrência de uma mudança na taxa de juros que remunera a aplicação. O quadro 1 abaixo compara o valor presente de uma aplicação pré-fixada sem pagamentos intermediários (caso por exemplo das LTN´s e CDB´s), cuja taxa de remuneração foi reduzida de 6% para 4% ao ano, supondo prazos de 1 e 8 anos. A sensação de aumento na riqueza gerada na aplicação de oito anos é muito superior àquela da aplicação de apenas um ano. Resultado semelhante é verificado no quadro 2 quando utilizamos um prazo idêntico e uma redução do mesmo número de pontos base, 300, mas a partir de taxas de juros de magnitudes diferentes. Aqui, a redução de 3% a partir de uma taxa de juros compatível com período de inflação elevada (de 20% para 17% ao ano) gera uma elevação no valor presente menor do que o mesmo movimento quando incidente em uma taxa de juros compatível com um país com inflação sob controle (de 6% para 3% ao ano). Apesar da diferença de prazo ter um impacto maior do que o da magnitude da taxa na elevação do valor presente dos ativos, o importante de se perceber é que ambas as variáveis quando condizentes com uma situação de equilíbrio macroeconômico - a saber: taxas de menor magnitude e prazos mais longos - levam a uma resposta mais intensa da riqueza das pessoas quando acontecem reduções na taxa de juros da economia. E por que o investidor pessoa física, público alvo desta coluna, deve estar atento a estes conceitos da teoria econômica? Pelos simples fato de que o Brasil está apresentando cada vez mais características de países com economia equilibrada, isto é, onde mudanças na taxa de juros produzem variações importantes no " Efeito Riqueza" das pessoas. Diante disso, o investidor deve direcionar o seu foco para aquelas alternativas em que reduções na taxa de juros gerem elevações maiores no valor presente de seus ativos. Como vimos antes, serão especialmente beneficiadas as aplicações com prazo longo de maturação e aquelas com taxas de juros mais elevadas. Uma alternativa em que essa elevação do valor presente tem sido substancial é o investimento em títulos públicos de longa duração. As NTN-B Principal - título que paga a variação do IPCA mais uma percentual fixo de juros ao ano - com vencimento em 2015, por exemplo, rendeu 31,33% nos últimos 12 meses. A remuneração prevista para a NTN-B Principal está longe de 30% ao ano até o seu vencimento, mas a redução da taxa oferecida de IPCA+8,5% em maio de 2006 para IPCA+6,3% atualmente fez com que o valor presente tivesse a elevação de 31,33% verificada nos últimos 12 meses. O fato deste retorno já ter se verificado, entretanto, não torna estes títulos menos interessantes já que a taxa real de 6,3% ao ano ainda é bastante elevada e deve ser reduzida futuramente, proporcionando novo aumento no valor presente dos títulos. Apesar de não terem vencimento nem remuneração garantida, as ações também devem se beneficiar de forma diferenciada do processo de redução dos juros. Isso porque o cálculo do valor econômico das empresas utilizado na definição dos preços alvos das ações é feito através do desconto de fluxos de caixa de prazos bastante longos. Assim, a redução na taxa de desconto destes fluxos, que acompanha a redução da taxa básica da economia, deve elevar de forma considerável o valor econômico presente das empresas, e com isso, o seu valor de mercado. O retorno proporcionado pelos títulos públicos de longo prazo e pelo mercado de ações aponta, de certa forma, para uma mudança de paradigma no conceito de oportunidades de investimento no Brasil. As elevadas remunerações de curto prazo já não proporcionam os melhores retornos. Como toda oportunidade, está também tende a acabar com a difusão do conhecimento e com uma melhor precificação dos ativos. Lembram da música do Vandré? Quem sabe faz a hora!

KEYNESIANISMO

Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money) e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.
Atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário-mínimo, do salário-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de Bem-Estar Social", ou "Estado Escandinavo" tendo sido originalmente adotado pelas políticas econômicas inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, no início da década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929 e, quase simultaneamente, por Hjalmar Horace Greeley Schacht na Alemanha Nazista. Cerca de 3 anos mais tarde, em 1936, essas políticas econômicas foram teorizadas e racionalizadas por Keynes em sua obra clássica Teoria geral do emprego, do juro e da moeda.

AGENTES ECONÔMICOS

Conceito de Agente Económico
Um agente económico é um indivíduo, conjunto de indivíduos, instituição ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e acções, tomadas racionalmente, influenciam de alguma forma a economia. Tradicionalmente são considerados como agentes económicos os seguintes:
· Famílias - tomam decisões sobre o consumo de bens e a oferta de trabalho;
· Empresas - Tomam decisões sobre o investimento, sobre a produção de bens intermédios e de consumo e sobre a procura de trabalho;
· Estado - Toma decisões de consumo, de investimento e de política económica;
· Exterior - representa todos os agentes externos à economia e questão e toma decisões sobre todas as questões anteriores.

MOEDA

Etimologia
A palavra "moeda" provem do nome do lugar onde se cunhavam moedas na Roma antiga: em uma casa situada ao lado do templo da deusa Juno Moneta, sob cuja proteção se encontrava. O sobrenome "Moneta" foi atribuído à deusa pelo escritor latino Livio Andronico depois que os gansos que viviam em redor do templo, no monte Capitolio, advertiram com seus grasnados aos romanos de um ataque dos gauleses. Avisar, em latim, é "monere" (de onde provêm "admoestação" e "monitor") e a deusa, a quem se atribuiu o aviso dos gansos, foi chamada desde então Juno Moneta. Devido à vizinhança do templo com a casa onde se fundiam os denarios (daí "dinheiro"), as moedas tomaram esse nome.
Agregados monetários
É difícil definir moeda. Por razões práticas, os economistas chegaram a uma classificação dos diversos tipos de moeda e “quase moeda”, de acordo com a satisfação dos requisitos de suas principais funções (meio de troca, unidade de conta e reserva de valor) e com sua liquidez[1]. Alguns agregados mais comuns são:
M1 (“narrow definition of money”): moedas em circulação + cheques de viagem + depósitos à vista + outros depósitos. É o agregado mais líquido.
M2 (“broader definition of money”): M1+ aplicações de overnight + fundos mútuos do mercado monetário (exceto pessoas jurídicas) + contas de depósito no mercado monetário + depósitos de poupança + depósitos a prazo de menor valor.
M3: M2 + fundos mútuos do mercado monetário (pessoas jurídicas) + depósitos a prazo de grande valor + acordos de recompra + eurodólares.
M4 : Abrange o M1, o M2 e o M3, mais os títulos públicos para captação de recursos emitidos pelo Tesouro Nacional e Banco Central.O montante relacionado aos títulos públicos compõem a chamada DPMF - Dívida Pública Mobiliária Federal.
Funções da moeda
A moeda tem diversas funções reconhecidas, que justificam o desejo de as pessoas a reterem (demanda):
Meio de troca: A moeda é o instrumento intermediário de aceitação geral, para ser recebido em contrapartida da cessão de um bem e entregue na aquisição de outro bem (troca indireta em vez de troca direta). Isto significa que a moeda serve para solver débitos e é um meio de pagamento geral.
Unidade de conta: Permite contabilizar ou exprimir numericamente os ativos e os passivos, os haveres e as dívidas.
Esta função da moeda suscita a distinção entre preço absoluto e preço relativo. O preço absoluto é a quantidade de moeda necessária para se obter uma unidade de um bem, ou seja, é o valor expresso em moeda. O preço relativo exige que se considere dois preços absolutos, uma vez que é definido como um quociente. Assim, P1 e P2 designam os preços absolutos dos bens 1 e 2, respectivamente. P1/P2 é o preço relativo do bem 1 expresso em unidades do bem 2. Ou seja, é a quantidade de unidades do bem 2 a pagar por cada unidade do bem 1.
Reserva de valor: A moeda pode ser utilizada como uma acumulação de poder aquisitivo, a usar no futuro. Assim, tem subjacente o pressuposto de que um encaixe monetário pode ser utilizado no futuro, isto porque pode não haver sincronia entre os fluxos da despesa e das receitas, por motivos de precaução ou de natureza psicológica. A moeda não é o único ativo a desempenhar esta função; o ouro, as ações, as obras de arte e mesmo os imóveis também são reservas de valor. A grande diferença entre a moeda e as outras reservas de valor está na sua mobilização imediata do poder de compra (maior liquidez), enquanto os outros ativos têm de ser transformados em moeda antes de serem trocados por outro bem.
Sachs e Larrain (2000) observam ainda que em períodos de alta inflação a moeda deixa de ser utilizada como reserva de valor, mas que em outros casos, que apesar de ser um “ativo dominado” (há ativos tão seguros quanto a moeda mas que rendem juros), ela é preferida como reserva de valor por alguns grupos (especialmente aqueles que realizam atividades ilegais), pois mantém o anonimato de seu dono - ao contrário, por exemplo, dos depósitos a prazo, que podem ser facilmente rastreados.
A moeda como um bem
O mercado de moeda funciona de maneira muito similar aos demais mercados: um aumento na quantidade de moeda no mercado diminui seu preço, ou seja, faz que com ela diminua seu poder de compra. Oferta de moeda A oferta de moeda (em inglês, “money supply”) pode ser definida como o estoque total de moeda na economia, geralmente o estoque de M1. Se a relação (M1)/(PIB) for muito grande, os juros tendem a cair e os preços a subir, e se for muito pequena a tendência é oposta. Os bancos centrais controlam a oferta de moeda principalmente através da alteração da taxa de reservas bancárias (uma taxa maior de reservas bancárias reduz a oferta de moeda) e da compra e venda de títulos, mas também através do controle da quantidade de papel moeda emitido.
Demanda por moeda A definição de demanda por moeda é similar à definição de demanda por qualquer outro bem. Ela pode ser definida como a quantidade de riqueza que os agentes decidem manter na forma de moeda. A maioria dos livros-texto refere-se à demanda por moeda como uma demanda por encaixes reais. Isso quer dizer que os indivíduos retêm moeda por aquilo que irão comprar em bens e serviços, isto é, os agentes econômicos estão interessados no poder aquisitivo dos encaixes monetários que possuem.
Também é praticamente consenso entre os economistas que a demanda por moeda é determinada basicamente pela taxa de juros (quanto maior a taxa, menor o incentivo para reter moeda), pelo nível de preços (que afetaria somente a demanda nominal por moeda ), pelo custo real das transações (se fosse possível transformar, imediatamente e sem custos, os fun-dos em dinheiro, não seria preciso manter dinheiro , já que seria possível realizar transações com a transformação do ativo rentável em moeda ocorrendo somente no exato momento em que ela se mostrasse necessária, o que permitiria que o ativo ficasse mais tempo rendendo), e pela renda. É importante observar que demanda por moeda não é igual à demanda por dinheiro. A demanda por moeda M1 pode aumentar e a demanda por dinheiro diminuir, se as transações forem efetuadas diretamente entre contas bancárias, sem necessidade de o usuário sacar papel moeda.
Teoria quantitativa da moeda
Importância
A moeda é a unidade representativa de valor, aceita como instrumento de troca. É hoje parte integrante da sociedade, controla, interage e participa dela, independentemente da cultura. O desenvolvimento e a ampliação das bases comerciais fizeram do dinheiro uma necessidade. Sejam quais forem os meios de troca, sempre se tenta basear em um valor qualquer para avaliar outro. Em épocas de escassez de meio circulante, a sociedade procura formas de contornar o problema (dinheiro de emergência), o importante é não perder o poder de troca e compra. Podem substituir o dinheiro governamental: cupons, passes, recibos, cheques, vales, notas comerciais entre outros.
Portugal
Em Portugal uma instituição de referência sobre o papel moeda é a Fundação Dr. António Cupertino de Miranda. Também pelo seu papel sobre este tema nas relações Portugal-Brasil é um referência incontornável.
Moedas que já foram utilizadas em Portugal
Reais pretos
Ceitil (de Ceuta).
Espadim de prata.
Chinfrão.
Escudo
Cruzado de ouro.
Vintém conhecido igualmente por real.
Cinquinho de prata, uma pequena moeda.
Índio de prata
Português de ouro.
D. Sebastião aumentou o numário de cobre e de prata (tostões e meios tostões) e continuou a produzir moedas de ouro, S. Vicentes.
Tostões de prata.
Moedas de conto
Conceição.
Cruzado de prata
O dobrão
Apólices do Real Erário
Notas de Banco
Em ouro coroas
Centavo de bronze
Euro
O nome da moeda
Atualmente, o Euro é a moeda oficial de Portugal. Anteriormente, sua moeda era o escudo português.
Desde quando a moeda de Portugal é utilizada
Desde o início de Janeiro de 1999
Brasil
Dom Sebastião, rei de Portugal, determinou a circulação de moedas portuguesas no Brasil em 1568, porém a partir dessa época as moedas eram o pau-brasil, o açúcar e o ouro, que formaram os ciclos econômicos no Brasil Colônia.
As primeiras moedas cunhadas no Brasil entraram em circulação nos anos de 1645, 1646 e 1654. Essas moedas foram colocadas em circulação pelos holandeses (neerlandeses), que controlavam Pernambuco e fizeram as moedas para pagamento de seus soldados.
Em 1694 cria-se a primeira casa da moeda na Bahia, que previa a cunhagem da grande diversidade de moedas que circulavam na América Portuguesa desde o fim da União Ibérica em 1640.
Entre 1695 e 1698 foram criadas as primeiras moedas para uso exclusivo na colônia. Durante e após esse período, existiram casas da moeda em Pernambuco, na Bahia e no Rio de Janeiro.
Na Casa da Moeda no Rio de Janeiro foram cunhadas em 1703 as primeiras moedas para uso no Reino Unido, portanto válidas também em Portugal.
Atualmente, a responsabilidade pela emissão de moeda-papel e moeda metálica é do Banco Central do Brasil, que delega à Casa da Moeda do Brasil a sua produção.
A Casa da Moeda do Brasil produz em média 2,4 bilhões de cédulas e 1,5 bilhão de moedas por ano. A primeira sede da instituição foi construída na Praça da República, no centro do Rio de Janeiro. Atualmente, a fábrica da Casa da Moeda fica no bairro de Santa Cruz, também no Rio de Janeiro.
Histórico das Moedas no Brasil
Real (plural: Réis) - de 1500 a 8.out.1834
Mil Réis - de 8.out.1834 a 1.nov.1942
Conto de Réis (equivalente a um milhão de réis)
Cruzeiro - de 1.nov.1942 a 13.fev.1967
Cruzeiro Novo - de 13.fev.1967 a 15.mai.1970
Cruzeiro - de 15.mai.1970 a 28.fev.1986
Cruzado - de 28.fev.1986 a 15.jan.1989
Cruzado novo - de 15.jan.1989 a 15.mar.1990
Cruzeiro - de 15.mar.1990 a 1.ago.1993
Cruzeiro Real - de 1.ago.1993 a 1.jul.1994
Real (plural: Reais) - de 1.jul.1994 até atualmente
Moçambique
A moeda nacional de Moçambique é o metical. Em Maputo, capital de Moçambique, existe um Museu da Moeda, mostrando moedas atuais e antigas de vários países.

FLUXO COMERCIAL

Fluxo comercial é um todo, formado por compras e vendas de milhares de empresas de um país para outros.
Exemplo: A GM do Brasil vende o Celta p/ Argentina. Para fazer o Celta são muitas empresas que produzem o painel, câmbio, pneus, freios, bancos, etc...Da mesma forma, importamos da Argentina Picanha, por exemplo.Todas essas negociações, pagamentos, recebimentos, fretes, impostos e taxas alfandegárias são parte do fluxo comercial.
É muito interessante notar que um país não vende tudo que produz. Cada um tem suas especialidades, produtos e serviços que são mais apreciados no mundo do que outros países podem oferecer.
Novo exemplo: Nosso café é o melhor do mundo. Quase todos os países que consomem café (e são muitos) compram café do Brasil. Já nem todos compram nossos carros.

FLUXO DE I.E.D.

Fluxo global de investimento estrangeiro direto (IED) caiu menos do que o estimado em 2008, mas a taxa de declínio deve acelerar este ano, afirmou hoje a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). O fluxo mundial de IED recuou 14,5% para US$ 1,66 trilhão em 2008.
O recuo foi liderado pela forte queda no valor de fusões e aquisições internacionais, que caíram 29,1%, para US$ 1,2 trilhão. Segundo a Unctad, o declínio no IED em 2008 foi mais concentrado na Europa, onde os ingressos de capital externo caíram 39%, para US$ 559 bilhões. No Japão, o investimento estrangeiro produtivo recuou 15,6%, para US$ 19 bilhões.
Já nos Estados Unidos, o IED subiu 37,8%, para US$ 320,9 bilhões. "As matrizes estrangeiras podem ter transferido capital para suas subsidiárias nos EUA em dificuldades financeiros", explicou a Unctad.
Nas economias em desenvolvimento, o IED aumentou 7,2%, para US$ 549 bilhões em 2008, enquanto nas economias em transição - Leste Europeu e ex-União Soviética -, cresceu 23,8%, para US$ 107,6 bilhões.
A Unctad disse que indicações iniciais sugerem que o declínio no fluxo de capital externo produtivo será maior este ano. "Uma queda mais dramática é esperada em 2009. A julgar pelos dados preliminares do primeiro trimestre deste ano sobre fusões e aquisições internacionais, houve um mergulho em todos os três grupos da economia: países desenvolvidos, países em desenvolvimento e economias em transição", afirmou a Unctad.
A Unctad afirmou que, no pior dos cenários, o fluxo de IED não vai se recuperar até 2012. As informações são da Dow Jones.

Lei de Say

A Lei de Say estabelece que "quando um produtor vende seu produto, o dinheiro que obtém com essa venda está sendo gasto com a mesma vontade da venda de seu produto " - sinteticamente: "a oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos".
Pela teoria de Say, não existem as chamadas crises de "super-produção geral", uma vez que tudo o que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um bem é determinada pela oferta de outros bens, de forma que a oferta agregada é sempre igual a demanda agregada. Say aceitava ser possível que certos sectores da economia tivessem relativa superprodução em relação aos outros setores, que sofressem de relativa sub-produção.
A lei de Say deve o seu nome a Jean-Baptiste Say (1767-1832), nascido em Lyon (França) em uma família de mercadores de tecidos.
IPC-S

Entenda o que é o IPC-S ?

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) calcula a variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do país. É medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e teve seu início de apuração em 2003.

Como é calculado o IPC-S?

O IPC-S registra a evolução de preços de maneira quadrissemanal, com fechamentos nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês.
São sempre consideradas quatro semanas (por isso o nome quadrissemana). Por exemplo, no fechamento do dia 7 do mês atual, o cálculo é realizado com base nessa primeira semana e nas três últimas do mês anterior. Já no fechamento do dia 15, o cálculo considera as duas últimas semanas do anterior e as duas primeiras do atual.
São consideradas as variações de preços de 456 itens definidos por meio de uma Pesquisa dos Orçamentos Familiares (POF), aplicada pela FGV, em média, a cada quatro anos.
A POF indica o que cada família gasta em média e quais itens possuem maior relevância. Além disso, também tem como finalidade incorporar produtos e serviços novos.
Esses produtos e serviços são distribuídos em sete classes de despesas (listadas, a seguir, pela ordem de peso no cálculo da pesquisa, da maior para a menor): habitação (31,51%), alimentação (27,20%), transportes (12,76%), saúde e cuidados pessoais (10,53%; inclui remédios e higiene pessoal), educação, leitura e recreação (8,63%), vestuário (4,80%) e despesas diversas (4,57%; inclui gastos como cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet, cigarro e outros).

O IPC-S mede a inflação para que parcela da população?

O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos, residentes nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Brasília.

Para que é usado o IPC-S?

Reajustes salariais e contratos de aluguéis.
IGP-10

Entenda o que é o IGP-10

O IGP-10 (Índice Geral de Preços 10) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). Medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.

Como é calculado o IGP-10?

O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é formado por 60% do IPA-10 (Índice de Preços por Atacado-10), 30% do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10) e 10% do INCC-10 (Índice Nacional de Custos da Construção-10). Esses indicadores medem itens como bens de consumo (um exemplo é alimentação) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros). Entram, além de outros componentes, os preços de legumes e frutas, bebidas e fumo, remédios, embalagens, aluguel, condomínio, empregada doméstica, transportes, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas (cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet e cigarro, entre outros).

O IGP-10 mede a inflação para que parcela da população?

Abrange toda a população, sem restrição de nível de renda.

Para que é usado o IGP-10?

Reajustes de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos).
IPCA-E

Entenda o que é o IPCA-E
O IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), segue a mesma metodologia de cálculo do IPCA, mas é divulgado ao final de cada trimestre, sendo formado pelas taxas do IPCA-15 de cada mês. A apuração do IPCA-E foi iniciada em 1991 e seu objetivo é realizar um balanço trimestral da inflação. Como é calculado o IPCA-E?
O período de coleta do IPCA-E vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.O IPCA-E mede a inflação para que parcela da população?
Abrange famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

Para que é usado o IPCA-E?
O índice é utilizado para reajustes de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
IPCA-15
Entenda o que é o IPCA-15
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o aumento do custo de vida da população. Começou a ser divulgado a partir de maio de 2000.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial da inflação no país. Como realiza a medição de preços em um período não calculado pelo IPCA, mostra qual será a tendência do resultado do final do mês. Além disso, o IBGE tem uma comparação mais precisa da alta e queda dos preços, pois a cada 15 dias um dos índices é divulgado. A coleta de dados para a medição do IPCA e do IPCA-15 é uma só. O que muda é o período analisado em cada um dos itens.
Como é calculado o IPCA-15?
O período de coleta de preços, que acontece em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio), vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual.
São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.O IPCA-15 mede a inflação para que parcela da população?
Abrange famílias com rendimento mensal entre 1 e 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
Para que é usado o IPCA-15?
O índice é utilizado para reajustes de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano ).

domingo, 24 de maio de 2009

A Revolução Russa

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
A Revolução compreendeu duas fases distintas:A Revolução de Fevereiro de 1917 (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal. A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.
A queda do Czar e o processo revolucionário
Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se noutro grande conflito, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os Alemães. A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades, desencadeando uma série de greves e revoltas populares. Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.
Numa das greves em Petrogrado (actualmente São Petersburgo, então capital do país), Nicolau II toma a última das suas muitas decisões desastrosas: ordena aos militares que disparem sobre a multidão e contenham a revolta. Partes do exército, sobretudo os soldados, apóiam a revolta. A violência e a confusão nas ruas tornam-se incontroláveis. Segundo o jornalista francês Claude Anet, morreram em São Petersburgo cerca de 1500 pessoas e cerca de 6000 ficaram feridas.
Em 15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) conseguiu depor o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa.
Revolução de Fevereiro ou Revolução Branca
A primeira fase, conhecida como Revolução de Fevereiro, ocorreu de março a novembro de 1917.Em 23 de Fevereiro (C.J.) (8 de Março, C.G.), uma série de reuniões e passeatas aconteceram em Petrogrado, por ocasião do Dia Internacional das Mulheres. Nos dias que se seguiram, a agitação continuou a aumentar, recebendo a adesão das tropas encarregadas de manter a ordem pública, que se recusavam a atacar os manifestantes.
No dia 27 de Fevereiro (C.J.), um mar de soldados e trabalhadores com trapos vermelhos em suas roupas invadiu o Palácio Tauride, onde a Duma se reunia. Durante a tarde, formaram-se dois comités provisórios em salões diferentes do palácio. Um, formado por deputados moderados da Duma, se tornaria o Governo Provisório. O outro era o Soviete de Petrogrado, formado por trabalhadores, soldados e militantes socialistas de várias correntes.
Temendo uma repetição do Domingo Sangrento, o Grão-Duque Mikhail ordenou que as tropas leais baseadas no Palácio de Inverno não se opusessem à insurreição e se retirassem. Em 2 de Março, cercado por amotinados, Nicolau II assinou sua abdicação.
Após a derrubada do czar, instalou-se o Governo Provisório, comandado pelo príncipe Georgy Lvov, um latifundiário, e tendo Aleksandr Kerenski como ministro da guerra. Era um governo de caráter liberal burguês, intensamente interessado em manter a participação russa na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, o Soviete de Petrogrado reivindicava para si a legitimidade para governar. Já em 1 de Março, o Soviete ordenava ao exército que lhe obedecesse, em vez de obedecer ao Governo Provisório. O Soviete queria dar terra aos camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficiais eleitos democraticamente, e o fim da guerra, objectivos muito mais populares do que os almejados pelo Governo Provisório.
Com ajuda alemã, Lenin regressa à Rússia em Abril (C.J.), pregando a formação de uma república dos sovietes, bem como a nacionalização dos bancos e da propriedade privada. O seu principal lema era: Todo o poder aos sovietes.
Entretanto, o processo de desintegração do Estado russo continuava. A comida era escassa, a inflação bateu a casa dos 1.000%, as tropas desertavam da fronte matando seus oficiais, propriedades da nobreza latifundiária eram saqueadas e queimadas. Nas cidades, conselhos operários foram criados na maioria das empresas e fábricas. A Rússia ainda continuava na guerra.


Animação Russa sobre a Revolução - Конфликт


Fonte: Youtube

Discurso Revolucionário de Che Guevara

Fonte: Youtube

O Manifesto Comunista de Karl Marx e Engels

Fonte: Youtube