sábado, 23 de maio de 2009

Olga Benário

Fonte: Youtube

terça-feira, 19 de maio de 2009

PIB deve cair já neste trimestre, dizem analistas

Portal EXAME -
A maioria dos brasileiros pode ainda não ter percebido, mas é cada vez maior o número de economistas que acredita que o Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas por um país) terá uma retração já neste quarto trimestre. O Portal EXAME consultou quatro especialistas e somente um descartou a contração econômica. Vários motivos devem pressionar o desempenho do país no quarto trimestre, como a queda dos investimentos, a sazonalidade da produção agrícola e o recuo da atividade industrial. Entre os setores mais afetados pela crise, destacam-se a construção civil e o automotivo - que tem grande participação no PIB. Já para 2009, o fantasma de uma recessão econômica ainda não assusta. Nesta segunda-feira (1/12), o banco americano Morgan Stanley levantou a possibilidade - ainda que baixa - de o Brasil cair numa recessão técnica, ou seja, um período de retração de dois trimestres consecutivos. Para os economistas ouvidos pelo Portal EXAME, a chance de uma recessão em 2009 é bastante baixa. Mas fatores como o efeito inflacionário da alta do dólar e a provável necessidade de manter os juros em alta preocupam...(matéria na íntegra): http://portalexame.abril.com.br/economia/pib-deve-cair-ja-neste-trimestre-dizem-analistas-406656.html

Índices Econômicos e seus Conceitos

ÍNDICES - Conceitos - O que é?

Índices Econômicos: CONCEITOS


ICV - Índice do Custo de Vida
Elaborado por: DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos

Mede a variação do custo de vida das famílias com renda de 1 a 30 salários mínimos do município de São Paulo.
O índice é calculado em três extratos distintos:
Estrato 1 -Famílias com memor renda, 1 a 3 salários mínimos (1/3) ;
Estrato 2 -Famílias com renda intermediária, 1 a 5 salários mínimos (1/3) ;
Estrato 3 -Famílias de maior poder aquisitivo, 1 a 30 salários mínimos (1/3) ;

O Índice Geral engloba todas as famílias.


IGP/DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
Elaborado por: FGV - Fundação Getúlio Vargas

É a média ponderada de seus três índices componentes (IPA-DI, IPC e INCC, com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente). Trata-se de um indicador de ampla cobertura, que mede a evolução dos preços no atacado, varejo e construção civil. Difere do IGP-M especialmente pela periodicidade de coleta, que aqui coincide com o mês calendário.


IGP/M - Índice Geral de Preços de Mercado
Elaborado por: FGV - Fundação Getúlio Vargas

É um índice elaborado pela para a comunidade financeira. É resultante da média ponderada de três índices de preços: o Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna (IPA-DI-M), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M). Difere do IGP pelo período de coleta de preços. O período adotado para coleta de preços do IGP-M é aquele compreendido entre os dias 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência. A apuração do índice é efetuada em três etapas: 1º decêndio, 2º decêndio e 3º decêndio. O 1o decêndio compara os preços dos primeiros 10 dias do período e os preços dos 30 dias do período anterior. O 2o decêndio compara os preços dos primeiros 20 dias do período e os 30 dias do período anterior. O 3o decêndio compara os preços dos 30 dias do período e os 30 dias do período anterior. Portanto, os dois primeiros decêndios são considerados resultados parciais, e o 3o é o resultado definitivo do índice do mês.


INCC - Índice Nacional de Custo da Construção
Elaborado por: FGV - Fundação Getúlio Vargas

Afere a evolução dos custos de construções habitacionais. É uma estatística contínua, de periodicidade mensal para os 18 municípios das seguintes capitais de estados do país: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.


INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Elaborado por: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Mede a variação do custo de vida das famílias com rendimento assalariado mensal de 1 a 8 salários mínimos. É produzido a partir dos índices de preços ao consumidor das seguintes regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belém, São Paulo e Recife, além de Brasília e o município de Goiânia.

O período de coleta refere-se ao mês calendário


IPC - Índice de Preços ao Consumidor
Elaborado por: FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

Mede a variação do custo de vida das famílias com renda de 1 a 20 salários mínimos do município de São Paulo.

Para o cálculo das variações quadrissemanais, leva-se em consideração a amostra total do IPC mensal de aproximadamente 110.000 tomadas de preços, que é subdividida em quatro subamostras, cada uma delas pesquisadas em um período de no mínimo 07 e no máximo 08 dias, que constituem a SEMANA de coleta.

O sistema de cálculo sempre abrange um período total de 08 SEMANAS e as variações são obtidas fazendo-se a divisão dos preços médios das 4 SEMANAS de referência pelos preços médios das 4 SEMANAS anteriores (base). Desta forma, para se obter uma série sequencial de índices quadrissemanais, considera-se sempre 8 SEMANAS incluindo-se no cálculo as informações sobre os preços coletados na última SEMANA automaticamente, eliminando-se da operação os dados referentes à SEMANA mais antiga.

São apresentadas, portanto, 3 prévias durante o mês, sendo a 4ª quadrissemana o resultado definitivo do mês.


IPC - Brasil - Média Geral - Índice de Preços ao Consumidor
Elaborado por: FGV - Fundação Getúlio Vargas

Os Índices de Preços ao Consumidor, calculados pela FGV, detectam a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos.


IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Elaborado por: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

É utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de julho de 1999, para o balizamento da política monetária.

O IPCA é produzido pelo IBGE desde 1980. Mede as variações de preços ao consumidor ocorridas nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e Goiânia.

Reflete a variação dos preços das cestas de consumo das famílias com recebimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte.


http://www.apape.org.br/indice0.htm

Fontes: DIEESE - FIPE - FGV - IBGE - SAD - ACI - ADEMI - Portal Brasil - Portal das Finanças

Bolsas no mundo registram vários colapsos ao longo da história;

da France Presse, em Paris

O "crack" (colapso) da Bolsa, um conceito que reapareceu nos mercados nas últimas semanas, é uma baixa súbita e precipitada das ações que afeta um mercado financeiro ou vários deles. Uma de suas principais características é o efeito de pânico que faz com que todos os investidores vendam suas ações ao mesmo tempo, gerando assim uma espiral apavorante.

Não há uma definição econômica precisa de "crack", mas, na prática, esta expressão pode ser aplicada a uma baixa das cotações de mais de 20% em poucos dias. As fortes quedas observadas nos mercados nos últimos dias se aproximam deste nível, alimentando as comparações com os precedentes históricos de 1929 e 1987.
Mike Segar/Reuters
Índice Dow Jones, prinicpal da Bolsa de Nova York, caii 40% em um ano e empresas dos Estados Unidos perderam US$ 7 trilhões
Índice Dow Jones, prinicpal da Bolsa de Nova York, caiu 40% em um ano e empresas dos Estados Unidos perderam US$ 7 trilhões

Porém, estes dois eventos foram muitos diferentes. A atividade se recuperou rapidamente após o crack de outubro de 1987, enquanto a grande depressão de 1929 se traduziu em vários anos de recessão econômica, desemprego e miséria, que desembocaram na 2ª Guerra Mundial.

A derrubada das Bolsas em 28 de outubro de 1929 aconteceu após a explosão de uma bolha especulativa que levou milhões de americanos a comprar ações através de fundos de investimentos, os "trust funds", que faliram um atrás do outro.

Foi depois da 2ª Guerra Mundial, em 1945, que a economia internacional voltou a encontrar o caminho de um crescimento sustentável, até os anos 70 e o novo crack de 1987. Foi naquele ano, outra vez em uma segunda-feira de outubro, em 19, que o Dow Jones de Wall Street caiu 23% em uma única sessão, a maior registrada nesta Bolsa em toda sua história. A maioria dos mercados mundiais seguiu seus passos.

Mas este "crack", agravado por problemas técnicos (de informática) nos pedidos, não se reproduziu no tempo. Os índices subiram rapidamente e dois anos mais tarde o Dow Jones recuperou seus níveis anteriores à queda.

Mais recentemente, as Bolsas mundiais atravessaram momentos difíceis, em 1997, durante a crise asiática, em 1998, durante a quebra do fundo especulativo LTCM após a crise russa, em 2000, durante a explosão da bolha da internet e, em 2001, após os ataques terroristas nos Estados Unidos, mas elas não se prolongaram por tanto tempo.

Veja as principais crises das Bolsas no mundo:

1720
Quebra na Grã-Bretanha em dezembro, depois de uma onda de especulação que provoca a queda da companhia marítima do Sul e do banco Law.

1882
"Crack" do banco católico francês Union Générale. Bolsas de Lyon e Paris despencam, França entra em crise econômica.

1929
Quinta-feira negra em Wall Street. No dia 24 de outubro, o índice Dow Jones da bolsa de Nova York perde mais de 22% em suas primeiras horas de sessão, apesar de se recuperar ao longo do dia e fechar em -2,1%. Em 28 de outubro cai novamente em 13% e no dia 29, em 12%. Essa crise obriga o fim da especulação da Bolsa e marca o início da grande depressão dos Estados Unidos e de uma crise mundial que afeta especialmente a Europa.

1987
Wall Street desmorona no dia 19 de outubro depois da divulgação de dados que mostram um importante déficit comercial e um aumento das taxas de juros do Banco Central alemão. Em um dia, a Dow Jones perde 22,6% e outros índices registram importantes perdas, mostrando a interdependência dos mercados mundiais. Trata-se do primeiro "crack" da era da informática.

1998
Agosto negro na Rússia. O rublo (moeda do país) perde cerca de 60% do seu valor em onze dias. A Rússia vive uma crise econômica e monetária vinculada em parte à crise asiática de 1997.

2000
A bolsa eletrônica vive sua primeira grande crise. O índice Nasdaq, que concentra os valores de internet e de tecnologia, cai 27% nas duas primeiras semanas de abril e perde 39,3% em um ano. Essa queda repercute em todos os mercados vinculados à Nova Economia.

2001
Os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, que deixam mais de 3.000 mortos, provocam o fechamento da Bolsa de Nova York durante uma semana. Em sua reabertura, o índice Dow Jones sofreu a maior perda em pontos de sua história, de 684,81 pontos.

2002
A falsificação das contas da empresa americana Enron e a fraude do grupo de telecomunicações Wordcom desestabilizam as Bolsas do mundo. Os mercados registram quedas inéditas: Frankfurt perde -43,9%, Paris -33,7% e Londres -24,8%.

2008
As conseqüências da crise dos "subprime" (créditos hipotecários de alto risco) nos Estados Unidos se propagam aos mercados financeiros americanos e mundiais. Nos nove primeiros meses do ano, os principais índices perdem mais de 25%. A crise se agrava no início de outubro com quedas de quase 10% em vários mercados mundiais na segunda-feira 6 de outubro.

Folha on line, 10/10/2008

Fatores de produção

Em economia, Recursos ou Fatores de Produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços, conforme definiu a Escola Clássica dos Economistas dos séculos XVIII e XIX.
A primeira escola científica da Economia, conhecida por Fisiocratas, elegeu a Terra como o único recurso responsável pela geração de riquezas. Adam Smith e seus seguidores se inspiraram nesses estudos mas buscaram aperfeiçoá-lo e preferiram partir de um conjunto de três recursos fundamentais:
Terra – indica não só as terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais.
Trabalho – refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo.
Capital – compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos.
Com o advento das grandes corporações, a Organização passou a ser considerada um quarto fator de produção, para fins de se explicar a acumulação de Capital ou aumento da Riqueza.

[editar] 5 M´s
Sobre a Organização há muitas controvérsias. Em geral segue-se a escola americana, com fatores que Chiavenato chama de Recursos Administrativos, que formam a teoria conhecida como 5M´s. São os seguintes:
Recursos materiais ou físicos (tradicional Natureza), em inglês "Materials and Machinery";
Recursos financeiros (tradicional Capital), em inglês "Money";
Recursos humanos (tradicional Trabalho), em inglês "Man";
Recursos mercadológicos, em inglês "Marketing";
Recursos administrativos, em inglês "Management".
Assim, os recursos da Organização se dividem em Administração e Marketing. Para concepções alternativas desse aspecto sobre Organização, vide Aziendalismo e Capital intelectual.

Referëncias Bibliográficas
Administração de empresas: uma abordagem contingencial, Idalberto Chiavenato, McGraw-Hill, São Paulo, 1982, pag. 57

A Crise Econômica de 1929

Podemos considerar o capitalismo um regime que oficialmente foi implantado á partir de finais do século XVIII, após a "Era das Revoluções". Atravessou alguns momentos de angústia representada pela Iª guerra Mundial e a Revolução Russa de 1917. Mas, a crise de 29 responde pelo seu derradeiro teste de sobrevivência.O primeiro momento real de crise do capitalismo.

Do século XIX até início do século XX, a economia mundial tinha seu eixo de importância na Europa. Países como Inglaterra, França, Alemanha e outros comandavam as decisões econômicas, estabelecia estratégias financeiras, controlava mercados consumidores, monopolizava fontes de matérias primas, ditava preços e prazos. A libra esterlina era a moeda de troca internacional. Ali estava reunida a fortuna do mundo.

Mas, já no início do século XX, crises, conflitos e vaidades políticas prenunciavam tempestades no horizonte, nem sempre azul. Os países europeus, por não conseguirem conciliar interesses, acabam por se envolver num confronto mundial que, praticamente, pôs fim a essa "Belle Époque".

O grande beneficiado foi os Estados Unidos. Já na virada do século, quando os ânimos entre os países europeus se acirraram, os americanos do norte aproveitaram-se da situação para se infiltrarem nas regiões sul e central da América é, gradativamente, conquistar um certo predomínio econômico nessas regiões, conquistando mercados e substituindo os europeus na exploração econômica da América latina.

Veio a guerra, e mais uma vez, vantagem para os Estados Unidos. Os países europeus em guerra voltaram sua produção para a indústria bélica, diminuindo a produção de bens de consumo geral. Produtos manufaturados americanos eram exportados em massa para o mercado europeu.

Em 1918, Terminada a guerra, novamente a presença americana é flagrante. Empréstimos e mais empréstimos são contratados pelos europeus visando à reconstrução dos países destruídos.

Esses fatores condicionaram aos EUA uma prosperidade sem precedentes. Um período de grande abundância gerou uma idêntica euforia social. Os empresários americanos nadavam em capitais. Exportava também o "modelo de homens de negócios", o Self-made-mam.

Aquele empreendedor, que, saindo das camadas humildes da população, competentemente prosperou. Toda essa riqueza gerou, nos EUA, um novo ideal de vida ou um novo estilo de vida americano, o "american way of life". Euforia total, alegria geral, contagiante entusiasmo. Mas...breve e de presságios fúnebres.

A CRISE

Por volta de 1929, a festa termina numa violenta crise econômica que abalará todo o alicerce da economia mundial. A produção cresce, o consumo diminui, a bolsa de valores quebra, as industrias entram em bancarrota e a miséria impera.

Como tamanho desastre pode ocorrer?

Com final da primeira Guerra, o EUA passa por um "boom" econômico. Empresas industriais e agrícolas proliferam e desenvolvem-se. Grandes conglomerados de empresas com capital aberto se tornam comuns. As Bolsas de Valores tem movimento fora do comum e a especulação com ações é o grande atrativo do momento.

Oferecia-se enriquecimento imediato e fácil a quem adquirisse ações. Eram ações de cia de seguros, agrícolas, minas, grandes supermercados, bancos, etc. Todos e de todas as classes sociais praticavam esse "esporte" financeiro, empregando nisso todas as suas economias.

Essas empresas fartamente capitalizadas produzem cada vez mais para atender, tanto o mercado consumidor americano, como o mercado europeu e latino americano, gerando, com isso, uma superprodução de mercadorias. Mas, se existe mercadorias em excesso, segundo a lógica do mercado capitalista, não existe inflação. Se não existe inflação, não há necessidade de aumento de salários.

Bem! Todos nós sabemos, por experiência própria, que ausência de inflação é uma grande mentira. Afinal, as instituições encarregadas pelo cálculo da inflação são controladas pelo governo que tem interesses outros em demonstrar um equilíbrio financeiro de suas administrações.

Por isso, os resultados são camuflados e maquiados. E isso ocorre em todos os lugares e em todos os momentos da história. Os EUA, a par de todo seu desenvolvimento, não era e nem é, diferente. Poderia, segundo os cálculos não haver inflação, mas, os salários a cada dia perdiam seu poder de compra e a população consumia cada vez menos provocando um subconsumo.

Repercussão

Paralelamente, nessa altura do "campeonato" os europeus vinham, gradativamente, recuperando sua economia e, lentamente, diminuindo as importações de produtos americanos, o que reflete no problema de subconsumo americano.

Essa diminuição no consumo de produtos americanos, paralelo á produção em excesso produz uma equação inexeqüível e indeterminada: superprodução "versus" subconsumo. Como resultado, as mercadorias em excesso eram estocadas. As empresas tiveram que diminuir a produção, os lucros comprimiram. Os dividendos não tão atraentes.

Gradativamente, as pessoas começam a se desinteressar pela posse de ações e tentam se livrar desses ativos financeiros. Os preços destas começam a cair, a oferta aumenta e o pânico a contaminar quem as possuía.

Por fim, numa Quinta feira, fatídica, 24 de outubro, a Bolsa de Nova Iorque, ultrapassa seu recorde, oferecendo milhares e milhares de ações para venda. Os valores despencam a quase zero e a bolsa quebra.

Providências Iniciais

O presidente americano, Hebert Hoover, assume as primeiras medidas. São medidas provisórias: estancam as importações e exigem o repatriamento dos capitais emprestados aos outros países. Como resultado as empresas, principalmente européias, passam por dificuldades e procuram salvação na despensa de funcionários causando desemprego. O desemprego enfraquece mais ainda o mercado consumidor. E o comércio mundial e paralisado.

Fortunas desapareceram da noite para o dia. E isto ocorre não só nos EUA, mas no mundo todo. Fábricas vão á falência. A miséria e o desespero se instalam em todos os setores da população. È um espetáculo dantesco e infernal. O diabo comemora.

Resumindo, a precariedade da demanda interna decorrente da má distribuição de renda que por seu lado gerou um excesso de mercadorias estocadas e conseqüentemente provocou desemprego foi a mola propulsora que desencadeou a recessão de 29 nos EUA.

As primeiras medidas de contenção dessa crise, exportou-a para outros países, principalmente Europa, que em reconstrução, dependia da saúde da economia americana....esse o quadro, periclitante, que se delineou no pós Primeira Guerra Mundial e se estendeu tentacularmente até por volta da segunda Guerra.

Claro, essa é uma explicação imediatista. Os verdadeiros motivos estariam e seriam estruturais, ou seja, no perfil da economia que se alicerçou á partir das teorias econômicas gestadas desde os finais do século XVIII.

New Deal

Para solucionar o problema, modificações na política econômica tiveram que serem feitas em vários países visando combater os efeitos da crise. Nos EUA, quando o novo presidente, Franklin Delano Roosevelt, foi eleito em 1932, pelo partido democrata as medidas começaram a surtir efeito.

Com uma série de reformas antiliberais, com intensa intervenção do estado na economia, a situação foi se modificando. Esse conjunto de reformas foi denominado de "New Deal" (Nova Organização ou Novo Acordo) e se baseava nas proposta do economista inglês John Maynard Keynes. Essas medidas se resumiam em:

- Empréstimos ilimitados aos bancos para que pudessem disponibilizar uma linha de crédito controlado àqueles que tivessem em dificuldades e pudessem retornar ás atividades produtivas;
- Pagamento aos fazendeiros de uma indenização que cobrisse os prejuízos com a queima do excesso de produção. - Tinha por finalidade equilibrar a oferta de produtos fazendo assim os preços subirem;
- Auxilio aos Estados concedendo-lhes subsídios para que pudessem aumentar os salários dos empregados e criar um seguro-desemprego. Essa medida visava fortalecer o mercado consumidor;
- Controle da jornada de trabalho, fixando-se um salário mínimo, proibição do emprego de crianças e das horas-extras;
- Legalização dos sindicatos para que pudessem negociar contratos coletivos de trabalho;
- Promoção de um amplo programa de obras públicas (barragens, estradas, portos, hidrelétricas, habitação popular) para dar emprego á massa de desempregados;
- Ampliação e estatização do sistema de previdência social, ficando o governo responsável pelo amparo ao trabalhador em caso de invalidês, velhice e desemprego;
- Controle severo sobre os preços dos produtos; cobrança de taxas sobre bebidas e sobre outros produtos supérfluos;

Essas medidas levaram a criação do Estado que se caracterizava pela promoção do bem
estar social ou Welfare State.

Conclusão

A Crise havia atingindo a todos, não só os Estados Unidos. Na Europa, na Ásia e até na África.

O Brasil que tinha sua produção centrada no cultivo do café, não resistiu ao ver sua mercadoria apodrecer nos silos por falta de comprador e pelos preços defasados. Como a economia brasileira era dependente desse produto também foi afetado.

Na Europa, os países desesperados para se safarem, tomaram medidas várias. Alguns como Alemanha e Itália tiveram que adotar regimes autoritários para conseguirem implementar medidas impopulares. A confusão provocada pela crise criou, na Europa, o clima responsável pela eclosão da Segunda Guerra Mundial.


Por: Eustaquio Lagoeiro Castelo Branco


Artigos Relacionados


A QUESTÃO PALESTINA
GUERRA DE SECESSÃO
O GOLPE DE 64
A HISTÓRIA DO BRASIL
A REVOLUÇÃO RUSSA
CONCEITOS DE HISTÓRIA QUE VOCÊ PRECISA SABER
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
REVOLUÇÃO FRANCESA

Depoimento de Olga Benário

http://www.youtube.com/watch?v=B93NrHCepF8&feature=related

Massacre de Camboja: A Unica mulher sobrevivente depõe

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1593806-5602,00.html

Massacre de Camboja : A verdade que a esquerda não quer que o Brasil Conheça

http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1836&Itemid=1

Massacre de Camboja

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1371599

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O padrão Ouro

O padrão-ouro foi o sistema monetário cuja primeira fase vigorou desde o século XIX até a Primeira Guerra Mundial. A teoria pioneira do padrão-ouro, chamada de teoria quantitativa da moeda, foi elaborada por David Hume em 1752, sob o nome de “modelo de fluxo de moedas metálicas” e destacava as relações entre moeda e níveis de preço (base de fenômenos da inflação e deflação).
Cada banco era obrigado a converter as notas bancárias por ele emitida em ouro (ou prata), sempre que solicitado pelo cliente. A introdução de notas bancárias sem esse lastro, causou escândalos na França. Com o padrão-ouro, utilizado principalmente pela Inglaterra, o sistema conseguiu estabilidade e permaneceu até o término da I Guerra Mundial. No Brasil e outros paises periféricos, o sistema não foi adotado por se achar que a presença desses países e seus problemas de financiamento, desestabilizariam o sistema. Dessa forma, a circulação de papéis-moeda foi feita pelo chamado sistema de "curso forçado".
Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-ouro, principalmente devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por eles durante a guerra, as quais desequilibraram enormemente o comércio internacional.
Em uma segunda fase, o sistema consistia, basicamente, na adoção, por parte das instituições financeiras de cada país que aderisse ao arranjo, de um preço fixo de sua moeda em relação ao ouro, e da conversabilidade ouro ao dólar. Desse modo, as autoridades deveriam exigir dos bancos e demais instituições monetárias que negociassem seus passivos respeitando esse preço fixo em relação ao ouro, como forma de estabilizar a economia.
Em termos internacionais, o padrão-ouro significou a adoção de um regime cambial fixo por parte de praticamente todos os grandes países comerciais de sua época. Cada país se comprometeu em fixar o valor de sua moeda em relação a uma quantidade específica de ouro, e a realizar políticas monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal paridade definida.
Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantém grande parte de seus ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. As diferenças entre as reservas de ouro sob a propriedade de cada país refletia, portanto, as suas necessidades comerciais. Pois, nesse padrão, os fluxos de ouro financiavam os desequilíbrios nas balanças de pagamentos de cada país. Se um país fosse deficitário em sua balança de pagamentos, isto é, se a soma de bens e serviços importados do exterior fosse superior à soma de bens e serviços exportados ao mesmo, o país deveria corrigir o déficit exportando ouro. Os países superavitários, por sua vez, tornavam-se importadores de ouro.
As “regras do jogo” prevalecentes no sistema de padrão-ouro eram simples: a quantidade de reservas de ouro do país determinava, portanto, a sua oferta monetária. Se um país fosse superavitário em sua balança de pagamentos, deveria importar ouro dos países deficitários. Isso elevaria sua oferta interna de moeda, levando a uma expansão da base monetária, o que provocaria um aumento de preços que, no final das contas, tiraria competitividade de seus produtos nos mercados internacionais, freando assim, novos superávits. Já se o país fosse deficitário na balança comercial, exportaria ouro, sofreria contração monetária, seus preços internos baixariam e, no final das contas, aumentaria a competitividade de seus produtos no exterior.
Em resumo, o padrão-ouro visava uma situação de equilíbrio na economia internacional de modo que cada país mantivesse uma base monetária consistente com a paridade cambial, mantendo assim uma balança comercial equilibrada.
A segunda fase do padrão-ouro, que se baseava no acordo de Bretton Woods, terminou quando os EUA abandonaram o acordado no início dos anos 70, por causa das necessidades de financiamento crescentes causadas pela Guerra do Vietnã. Nesse período o padrão-ouro também não pode ser seguido pelo Brasil e outros países similares, que adotaram formas de cunho forçado e alternativas como crawling peg, etc